Em outubro, os preços mundiais do arroz registraram uma queda média de 10%, atingindo seu nível mais baixo desde junho de 2023, antes das restrições de exportação implementadas pela Índia. Os exportadores enfrentam grande pressão desde o retorno da Índia ao mercado de exportação, anunciado no final de setembro. As vendas externas tendem a recuar, enquanto a demanda global de importação retorna, especialmente no sudeste asiático, Oriente Médio e África Ocidental, estimuladas pelas ofertas de exportação mais atraentes. A Índia está se beneficiando dessa retomada da demanda mundial graças a preços mais competitivos, após a revogação dos preços mínimos de exportação e a eliminação de todas as taxas de exportação. A desvalorização da rupia em relação ao dólar também a melhora a competitividade do arroz indiano. No hemisfério ocidental, a evolução dos preços tem sido mista com um mercado de exportação bastante ativo nos Estados Unidos e uma demanda mais fraca no Mercosul, por causa de preços pouco competitivos. No início de novembro, os preços mundiais mostravam sinais de relativa estabilidade, em comparação com a alta volatilidade nas primeiras semanas de outubro. A oferta mundial de exportação deve aumentar durante a safra 2024/2025, graças, principalmente, a uma melhora na produção indiana que deve aumentar de 5% em relação à safra passada. Espera-se também um aumento do consumo mundial de arroz de 2%, atingindo o recorde de 536 Mt, embora ainda 3 Mt a menos em relação à produção mundial prevista para 2025.
Em outubro, o índice OSIRIZ/InfoArroz (IPO) caiu significativamente 23,3 pontos, para 248,6 pontos (base 100 = janeiro 2000), contra 271,9 pontos em setembro. Em meados de novembro, o índice IPO estava em torno de 237 pontos, mas tendia a se estabilizar.