
Em janeiro, os preços mundiais do arroz caíram significativamente de 7%. Esta foi a maior queda mensal desde julho de 2021, quando os exportadores reduziram os preços devido ao aumento dos custos de frete marítimo e à oferta abundante para exportação. No início de 2025, o mercado mundial apresenta grandes excedentes de exportação, enquanto a demanda de importação segue fraca. Os importadores antecipam novas reduções de preços e aguardam uma estabilização dos preços no mercado mundial. Prevê-se uma retoma do mercado de importação com o regresso dos principais importadores, como as Filipinas e os países da África Ocidental, mas só daqui a várias semanas. Por outro lado, a Indonésia, cujas importações atingiram níveis recordes em 2024, verá sua demanda cair drasticamente em 2025. Do lado da oferta, espera-se que as exportações da Índia aumentem significativamente de 30%, chegando perto do recorde histórico de 22 Mt registrado em 2022. A Tailândia e o Vietnã serão os grandes perdedores dessa nova configuração do mercado, com uma queda de 15% a 20% nas vendas externas, após um ano favorável em 2024, impulsionado pelas restrições nas exportações indianas. Diante desse cenário, é provável que os preços globais do arroz permaneçam baixos durante grande parte do ano, com períodos de estabilidade ou até mesmo pequenas recuperações, dependendo da evolução da demanda global. Com tudo, prevê-se que o comércio mundial cresça apenas 1,2% em 2025, contra 10% em 2024.
Em janeiro, o índice OSIRIZ/InfoArroz (IPO) caiu 15,6 pontos, para 222,3 pontos (base 100 = janeiro de 2000), contra 237,9 pontos em dezembro. No início de fevereiro, o índice IPO continuava caindo, atingindo 208 pontos, o nível mais baixo desde novembro de 2021.